De cabelos bem penteados
E prontos para a ocasião,
Com ternos caros, importados,
Ele vai à televisão.
De um lado promete milagre
Até as vésperas da eleição;
Mas, qual vinho, vira vinagre
Quando eleito pelo povão!
Pois o crime só não vale a pena
Para você nem para mim:
Somos todos "gente pequena"
Diante da corja sem fim!
Na frente do povo não mostra
A terceira mão escondida,
À que furta, rouba e não prostra:
Verdadeira face escondida!
Há políticos milionários
Que quase nunca vão à lida
Fazem da nação operários
Da Pátria Mãe Prostituída!
Pois o crime só não vale a pena
Para você ou para mim:
Somos todos "gente pequena"
Diante da corja sem fim!
Mais de mil colarinhos brancos
Permanecem fora das grades;
Engordam contas em seus bancos,
Tiram manchas de suas fraudes!
Se a Justiça não fosse cega
Nem se lhe faltasse vontade,
Seria rápida - não trôpega! -
Perseguiria-os de verdade!
Pois o crime só não vale a pena
Para você ou para mim:
Somos todos "gente pequena"
Diante da corja sem fim!
24/05/2012