sábado, 30 de março de 2013

ainda


ainda que possa,
ainda que queira,
ainda que faça
de qualquer maneira...

ainda que nossa,
ainda matreira,

ainda que...
ainda...
ainda!

quarta-feira, 27 de março de 2013

jardim

morreu o que havia entre nós
como padecem as flores...

havia um querer adubar
mas morreu o que havia entre nós
como padecem as flores...

cuidar de pétalas e caules
mas morreu o que havia entre nós
como padecem as flores...

olhar todos os dias você crescer
mas morreu o que havia entre nós
como padecem as flores...

você, como flor, padeceu...
e eu fiquei!

quinta-feira, 14 de março de 2013

calor


queima-me o tempo
queima-me a hora

e o meu peito explode
entre fragmentos...

estou me transformando em nada
estou fazendo parte de tudo...

um redemoinho
uma tormenta
uma paixão
um amor

e o meu peito explode
entre fragmentos...

Somente o tempo


como pode o tempo
nos dizer o que é melhor
quando o melhor
não é o tempo quem nos diz?

como pode o tempo
nos querer ensinar
que aprender é melhor
quando o tempo não aprende?

talvez seja a hora
a hora de viver...
a hora de viver
sobre o tempo...

talvez seja hora de o tempo
aprender que o tempo
ao tempo, em tempo,
nada ensina ao tempo...

Mas o tempo,
ao tempo, em tempo,
tudo apaga...
fico me perguntando o quanto existe de verdade em paixão ou amor.
é realmente preciso conhecer alguém para amá-la? há necessidade carnal para paixão, ou, em raros casos existe um alinhamento para amor a primeira vista? ou isso é balela que mulher gosta de assistir no cinema?

como vou saber,
se suas inseguranças se tornam as minhas?

como posso crer,
se suas duvidas são as minhas?

como posso ver,...
se estamos cegos um para o outro?

se o que digo não lhe alcança
e como quero que lhe alcance
eu quero que lhe alcance
quero que lhe alcance
além e além...

Empurrando

Às vezes não quero voltar para casa;
Quero passar batido pelo portão...
Não girar a chave e entrar. Não comprimentar.
Não tomar banho nem jantar...
Não ligar a tv e nem ajustar o despertador...
Apenas uma vontade se seguir rumo ao indefinido...

talvez...



talvez haja chuva e a mesma lave minhas tristezas...
talvez haja raios... e eu goste de raios!
talvez eu goste quando os ventos atingem direções diversas...
talvez eu goste quando o caos se impõe nessas ocasiões...
talvez, e, somente talvez, eu me veja controlando a tempestade...
e me pergunte, talvez, pelo que ainda vale a pena lutar?

segunda-feira, 11 de março de 2013

Como Se Explica

T.F.P.

Eu não tinha ideia do quanto alguma coisa pode ser tão forte até que a possibilidade de existência se perde no vácuo.

Uma dose de covardia, uma dose de medo, e três de timidez... talvez seja disso que sou feito. Sou um drink de possibilidades impossíveis...

Tentei de todas as formas possíveis uma aproximação normal e humana, mas em todas elas eu travei... De repente nada falava que não responder seus "ois" ou "olas"; de repente uma força maior que a minha me atraia e me repelia... Algo que nem eu sei compreender...

Queria poder conversar com você como gente normal... Convidá-la para sair, assistir um cinema e quem sabe arriscar um beijo. Já fiz isso tantas vezes... E todas tão simples... Mas quando olho para você sinto um bloqueio que me é desconhecido... E simplesmente travo.

Eu tento!, tento!, tento!, te dar oi. Pelo menos penso em fazê-lo... mas a boca simplesmente não transmite. E me magoo por isso... E, quando você tenta puxar uma conversa, eu falo coisas desconexas... Como da vez da nota de vinte... Estou tentando entender onde esta meu coração neste momento... Se é contra ou a favor... e nem o encontro.

Durante o trabalho tento explicar a dinamica entre equipes e de repente você passa e leva tudo que tenho em mente consigo... e eu gaguejo. E fico pensando: que diabos você tem que faz isso comigo?

Gosto de olhar para você discretamente, olhar você rezar antes de comer... e comer com gosto. Gosto de ouvir você brigar com as pessoas... infelizmente eu ouço muito bem... bem demais até....

Uma vez apostei que você era de Virgem... tenho quase certeza de que ganhei a aposta... Às vezes consigo ouví-la de lá de dentro do áquario em que fico... uma voz diferente das demais, quase uma nota musical que ninguém mais além de mim ouve...

As rosas não foram pelo pagamento, nunca foram... Mas como você tentar explicar em gestos ou palavras tanta confusão sentimental? Nunca senti isso... E o que mais me assusta, é assustar você! Afinal, como explicar o que sinto, quando nem sei o que sinto para poder explicar? Queria sentar e explicar tantas coisas... Mas as palavras escorrem da minhã mão...Queria explicar que o que sinto está alem de mim, queria dizer tantas coisas que eu mesmo nem compreendo... Como de repente acordar pensando em você. Acho que agora entendo realmente o que é o vício...

Sei que não sou o mais belo nem o mais perfeito dos homens, mas me pego cuidando de suas colicas... pensando em coisas que não vivemos e talvez nem viveriamos juntos... e me perguntando, porque você?

Eu queria ter forças para dizer tudo isso pessoalmente... Ah, acredite, queria muito... mas, no fundo, no fundo, quantas vezes consegui olhar você nos olhos?

Eu não posso prometer muitas coisas, tudo o que tenho é o que sinto... e o que sinto nesse momento eu, juro, quero muito que você aceite...