"...Talk about our future
Like we had a clue..."
- Katy Perry
07:48 AM
Sameera ergueu a
janela de seu quarto e, mais uma vez, como já estava acostumada a fazer todos
os dias desde criança, mas não naquela casa, contemplou o céu. Observou
calmamente as nuvens, que lentas e suavemente deslizavam sob o azul celeste,
tentando encontrar formas conhecidas... Mas hoje não havia rostos, não havia
animais nem nada que se assemelhasse a algo conhecido anteriormente; apenas
formas engraçadas que a lembravam de algodão doce: uma delícia conhecida
recentemente.
Através do céu
localizou o sol e por ele se orientou no espaço. Estendeu o balúchi sobre o
chão e orou. Agradeceu pelas maravilhas de antes e de agora; pelo sol, quando
havia sol, e pela chuva, quando havia chuva; rogou para que as pessoas fizessem
do mundo um lugar melhor para se viver e que sempre se pudesse olhar e guiar
aqueles que precisam de cuidados e caminhos... E tendo meditado sobre tudo o que
queria permaneceu em silêncio por incontáveis minutos...
Levantou-se
suavemente e, como se saísse de um transe, seguiu firmemente até a cozinha.
Pegou a chaleira. Abriu a torneira. Preencheu a chaleira com água. Fechou a
torneira. Levou a chaleira até o fogão e o acendeu. Enquanto a chama dançava no
fundo da chaleira, Sameera abriu a porta do armário procurando pelo chá preto
aromatizado com jasmim. De posse da embalagem, olhou-a como se meditasse em
qualquer coisa e optou por não tomar chá. Não... Hoje não é um dia para chás,
pensou. Pegou o pote com café e depositou quatro colheres bem servidas
dentro da água, que já começava a criar pequenas bolhas de ar nos cantos
internos da chaleira. O aroma do café preencheu intensamente seus pensamentos.
Delicioso... - pensou - com ou sem
cardamomo? Cardamomo era bom... - decidiu-se.
Enquanto o café era
preparado, Sameera seguiu até o banheiro e ligou as torneiras da banheira.
Sabia que a partir de agora teria uns dez minutos para arrumar suas coisas
antes que a água chegasse no limite ideal. Antecipadamente colocou alguns sais
e óleos de banho para que seus aromas pudessem se dissipar pelo ambiente junto
ao vapor d'água. Foi ao quarto pegar o roupão e o colocou próximo à banheira.
Olhou em volta como quem procura saber se não havia esquecido de nada...
- Aff! O café!
Correu até a chaleira
antes que a água entrasse em ebulição. No ponto, pensou. Apagou a chama.
Esperou que o café assentasse no fundo da chaleira, apanhou uma xícara no
armário e nela despejou o café. O cheiro deslizou tranquilamente por todo o
ambiente. Sameera caminhou tranquila, mas cautelosamente segurando a xícara
quente com as duas mãos, como se transportasse algo muito valioso, até o
banheiro. Colocou-a ao lado do roupão sobre um pequeno armário branco que
ficava ao lado da banheira.
Fechou a torneira e
graciosamente começou a se despir: peça após peça até que adentrasse na
banheira. O calor da água a envolveu como um intenso abraço e inevitavelmente a
imagem de Azzam viera a sua mente... Conhecera-o numa casa de chás que ficava a
três quadras de onde morava anteriormente. Sozinha, como de costume, desde a
perda dos pais em um atentado, tinha o hábito de tomar seu chá preferido na
mesma casa de chás que seus pais a levaram durante quase toda a infância. E foi
ali que conhecera aquele rapaz tão atrevidamente elegante e gentil, que lhe
perguntara se poderia respeitosamente fazer-lhe companhia... E como recusar
tamanha audácia e beleza, Sameera se questionou.
Inicialmente
conversaram sobre o tempo seco, sobre o café com cardamomo que ele pedira,
sobre o chá preto com jasmim que ela sempre tomava, sobre aquela cidade e suas
pessoas (as boas e as más), até que quase dois meses depois, assim que o gelo
verdadeiramente começara a derreter entre eles, foi que se arriscaram a falar
sobre si mesmos.
Azzam lhe contara que
dentre um ano partiria para a capital para concluir sua tese de História (Do
Cavalo de Tróia às Cruzadas: A Herança Bélica da História em Tempos de Jihad),
assunto que deixou Sameera tão admirada, que o espanto sentido por ela foi
denunciado descaradamente pelos seus olhos. Ela também lhe contou que pretendia
concluir os estudos na capital, mas que ainda demoraria um certo tempo, pois
estava no terceiro ano da Universidade.
- E o que você
estuda, se não se importa em dizer? - perguntou ele profundamente interessado.
- Sociologia... - Fez
uma pausa como quem espera ouvir algo, e não o ouvindo prosseguiu: - Pretendo,
um dia, me ingressar na ONU.
- Uau! - disse Azzam
- Pretensão demais?
- Não, nenhuma!
Daí em diante,
enquanto ensaboava suas pernas, Sameera lembrou-se que a conversa fluíra entre
eles como se já se conhecessem há anos. Azzam, que também tinha um passado
familiar em comum ao dela, explicou-lhe sobre os comportamentos cíclicos das
sociedades e seus aspectos econômicos; prenúncios de queda ou a ascensão de uma
ou outra determinada cidade ou sociedade e de como isso se enquadrava no
contexto atual...
E muito embora aquilo tudo fosse um pouco surreal para Sameera, ela estava
aproveitando cada momento. Para ela era um pouco difícil absorver tudo aquilo
que Azzam lhe dizia, não pelo assunto em si, mas porque sua mente não estava só
nas idéias de Azzam, estava também na forma com que seus lábios se moviam para
dizê-las; no gesticular de suas mãos quando queriam dar ênfases as palavras e
na maneira com que ele olhava para Sameera. No fundo era como se ele falasse
para dentro dela com todo o seu corpo e não somente para seus ouvidos...
Perdida nestes e em outros pensamentos, sem que se desse por si, suas mãos
deslizaram, sorrateiras, até a virilha; e, quando encontraram o objeto de
busca, inevitável foi não associar a ação ao personagem que permeava seus
pensamentos. Vasculhou a mente e o corpo em busca de tudo aquilo que a
fascinara em seus muitos encontros amigáveis, que ocorreram desde aquele
inocente café: Azzam e sua paixão pelos estudos; Azzam e suas questões sobre as
sociedades, que embora revelassem um certo grau de imparcialidade, eram
expressas de forma extremamente apaixonante através das questões que ele
levantava.
Sua maneira gentil e sedutora de excluir o mundo a sua volta e direcionar
absoluta atenção aos olhos de Sameera fazia com que ela se sentisse toda
especial a ponto de se ver como o único ser vivo merecedor daquela profunda
atenção. E talvez realmente o fosse... Lembrou-se de seus olhos - pérolas
negras que brilhavam como se possuíssem uma chama interna - esquentando-a
enquanto seus delicados lábios moviam-se apaixonadamente, dominando o assunto
proposto... e suas mãos, ah... suas intocadas mãos... tão intimamente tocando-a
naquele instante... ali naquela banheira... Fazendo-a sentir o roçar suave de
sua barba por fazer... e aquele cheiro tão característico de café com cardamomo
que o lembrava de forma tão profunda...
Sameera repousou a nuca sobre o encosto da banheira e deixou que seu corpo
padecesse por alguns instantes após o prazer experimentado. Respirava com
profundidade, como quem encontra o descanso após experimentar a extrema
exaustão... E realmente havia-a experimentado; afinal, pensou, que mal há em
conhecer-se?
Ensaboando-se, desta vez por completo, fez questão que seus dedos percorressem
todas as partes de seu corpo, como se fosse a primeira e a última vez que
fizesse isso. Maravilhou-se consigo mesma; e, excitou-se novamente, mas desta
vez se conteve. Ergueu-se e soltou o tampão da banheira; ligou o chuveiro para
enxaguar do corpo qualquer resquício de espuma e em seguida desligou-o.
Pegou o roupão sobre o armarinho branco e dirigiu-se ao quarto. Lá, deixou que
ele escorregasse pelo seu corpo em frente ao espelho grande do guarda-roupa e
novamente se admirou ao se ver nua. Secando-se diante do espelho, passou a
admirar seus seios, primeiro pelo espelho, depois diretamente para eles; e
embora pequenos, perante a maior parte dos seios das mulheres daquela cidade,
via os seus como uma afronta étnica, uma certa arrogância e impertinência por
serem empinados e rijos... Absurdamente lembrou-se das leis de Newton e riu
consigo mesma!
Virou-se de lado e, empinando-se nas pontas dos pés, acompanhou as curvas do
próprio corpo numa admiração inefável: nenhuma estria, nenhuma celulite...
Lembrou-se de Azzam e seus olhos negros e flamejantes... Se eles a pudessem ver
naquele instante...
Apesar de não estar acostumada, pegou o batom carmim, comprado recentemente, e aplicou-o
sobre os lábios. Puxou-os para dentro como se beijasse a si mesma e suavemente
soltou-os e delicadamente removeu os excessos com um lenço seco.
Abriu todas as portas do guarda-roupa e contemplou o arsenal que possuía. Saia?
Sarja? Leg? Não, leg não! Jeans? Jeans... Sim, era bem a ocasião. Colocou-o
sobre a cama e virou-se para escolher a parte de cima. Por um instante notou
que tinha tantas opções que diante de tanta variedade era fácil perceber que
não se tem poder de escolha sem que se ocorra uma certa indecisão anterior.
Cerrou os olhos e estendeu a mão. Deixou-a deslizar sobre os vários tecidos num
movimento de ida e volta... Parou. Apanhou a peça e abriu os olhos: era uma
regata lilás...
- Não! Regata não!
Optou por uma camiseta branca, peça que sempre casava bem com jeans... quase
tão bem quanto café e cardamomo... Sorriu ao lembrar-se. Virou-se para a gaveta
de trajes íntimos e, em seguida, contemplou-se mais uma vez através do espelho.
Não! Sem artifícios hoje...
Vestiu a camiseta que a envolveu como um colante. Seus mamilos se enrijeceram e
sobressaíram-se à forma da roupa. Apanhou a calça e a vestiu. Olhou-se
novamente de lado e contemplou as nádegas: perfeitas!
Calçou o All Star que estava na soleira da cômoda ao lado da cama e abaixou-se
sob ela para pegar o presente que Azzam lhe dera. Fechou as portas do guarda
roupa e vestiu-o.
Verificou se não havia esquecido nada ligado na cozinha ou no banheiro... Não.
Seguiu em direção à porta, apanhou a burca que estava pendurada no mancebo,
ajeitou-a ao corpo; pegou a bolsa e saiu.
Antes que pegasse o ônibus parou para tomar o seu chá de costume, mas ao
contrário de sempre, optou por um café expresso com cardamomo. Enquanto
esperava que o garçom lhe trouxesse o pedido, não muito distante dali,
chegava-lhe aos ouvidos o som do desfile militar. Embalada ao som da marcha e
pelo hipnotizante repique de tarol, lembrara de alguma coisa dentre as muitas
outras que Azzam lhe havia dito sobre o assunto:
- ... tudo isso é muita política disfarçada. Procuro enxergar as coisas de uma
maneira mais simplificada, sem maquiagens: no fundo, no fundo, somos todos
soldados lutando por causas alheias ou próprias... A diferença, e isto é
importante, é saber distinguir que quando se luta pelos outros - entenda outros
como a sociedade - eles, "o governo", treinam você, dão uniformes e
armas a você e dizem: mate por nós e se você fizer isso direitinho como nós
ensinamos e mandamos, nós lhe daremos dinheiro, medalhas e o chamaremos de herói!
Ainda que você nunca volte para casa, ainda que volte e nunca mais seja a mesma
pessoa...
- Senhora? - chamou o
garçom. E como não houve resposta ele tornou a chamar, aumentando um pouquinho
o tom de voz: - Senhora?! ... Seu expresso!
- Obrigada.
Sameera saboreou aquele café de gosto tão singular e aromático. Lembrou-se de
seus pais... Pôs o dinheiro sob o pires e dirigiu-se para o ponto de ônibus.
Aguardou poucos minutos até que o ônibus passasse. Quando o viu se aproximando,
estendeu o braço, dando-lhe sinal para que o motorista parasse. Subiu com certa
dificuldade os degraus do ônibus por causa da burca e, após pagar a passagem ao
motorista, encaminhou-se para o fundo do ônibus, que estava mais vazio.
Passando pelos assentos evitou, como sempre, olhar diretamente nos olhos de
seus ocupantes, na maioria pessoas de idades avançadas, alguns jovens
acompanhados de seus próprios pais e uns dois ou três casais de namorados. Mas,
mesmo assim, uma senhora de cabelos avermelhados mediu-a, de cima embaixo e
vice-versa, deixando que seus olhos verdes abruptamente despencassem sobre os
castanhos de Sameera. A mulher idosa bufou num gesto nítido de desprezo.
Sameera pensou em querer dizer algo, mas ficou apenas na intenção. Sentou-se no
último banco, próximo à janela do canto esquerdo do ônibus, e aguardou
pacientemente enquanto o veículo a conduzia ao seu destino.
À medida que se aproximava da parada, o som do desfile ficava cada vez mais
claro e seus sons preenchiam os pensamentos dela. Novamente sentia o compasso
da marcha e o reverberar do som do tarol, que estremecia sua alma... Percebeu
uma pequena vibração vinda de sua bolsa e nela buscou pelo celular. Havia uma
mensagem:
[onde você está?]
Ela digitou e enviou.
[no ônibus, a caminho da parada.]
O celular vibrou novamente:
[Smalla'Alik].
Sameera sorriu,
lembrando-se da maneira suave com que Azzam pronunciava aquela expressão sempre
que seus encontros findavam. E, enquanto Sameera mexia no celular, o ônibus se
aproximava da parada, velocidade diminuindo, ruas passaram a ter menos veículos
e mais pessoas. Guardas de trânsitos sinalizavam desvios e novas rotas; calçadas
repletas de pessoas indo em direção ao espetáculo.
Ela digitou outra mensagem
no celular, colocou-o de lado e passou a retirar a burca. Um dos rapazes que
estava acompanhado da namorada, percebendo a movimentação, que vinha da parte
de trás do ônibus, não se conteve, e, ao
olhar, sentiu-se hipnotizado pelos traços físicos de Sammera enquanto ela se
despia da burca. A namorada dele, atraída pelo movimento repentino da cabeça do
namorado, também olhou para onde o namorado olhava. Sem prestar muita atenção naquela
mulher atraente no fundo do ônibus, apanhou o queixo dele abruptamente e com a
mão tentou virar a face novamente para a sua atenção.
- Desculpe-me... -
disse Sameera olhando-a nos olhos.
- Não por isso! -
retrucou a jovem, muito a contra gosto.
É... não por isso,
pensou Sameera, ao se levantar e apanhar o celular. Acessou o botão que
sinaliza a parada do ônibus no próximo ponto; e, ao passar por aquela senhora
que a menosprezara anteriormente, olhou-a cegamente e disse:
- Se Allah pode perdoar
a senhora, com certeza, Ele, em sua extrema sabedoria e misericórdia, também
pode me conceder o perdão!
- Do que está falando,
moça?!
Mas Sameera não
estava mais em si para dar atenção a pergunta. Logo após apertar a tecla send,
ouviu pela primeira vez o som do celular que Azzam havia posto do lado esquerdo
do colete que lhe dera. E, antes que seu último pensamento se formasse - sendo
este a lembrança de que esquecera a janela aberta -, sentiu-se, subitamente,
pela segunda vez naquele dia, envolvida intensamente por uma onda de calor...
Entretanto, desta vez, o calor fora tão extraordinário que não só a abraçara de
forma definitiva, como também estendera seus braços ardentes a todos os vinte e
oito ocupantes do ônibus e pouco mais de umas trinta pessoas que estavam
próximas a ele na rua.
***
14:26 P.M.
Não muito distante de
onde o atentado contra o desfile militar ocorrera, em cômodo simples de um
bairro no subúrbio, após raspar a barba e os cabelos, Azzam Faris, cujo nome
real nunca fora este, bem como a profissão real também nunca fora aquela,
visualizou a mensagem que recebera em seu celular:
[Insha'Allah].
Está feito - pensou.
E assim, como das outras vezes, passadas e futuras, após separar a pasta
contendo todos os dados sobre a vida de Sameera Fadwa e todos os documentos em
nome de Azzam Faris, incluindo o celular, arremessou-os dentro de um pequeno barril
de aço onde chamas de querosene ardiam.
Agosto/Setembro de 2012
Cara eu praticamente já conhecia o conto, você o leu pra mim, ficou faltando apenas o final... bem cinematográfico! cool!
ResponderExcluirA princípio me pareceu um romance de tantos detalhes, coisa que, pelo monos, foi o que um estudante (agora já formado) de letras me disse, não poderia haver num conto como: detalhes de lugares, roupas, pensamentos etc. Não sou muito fã desse pensamento. Então, quando estudar rsrs irei ter certeza disso. O que quero dizer com isso? Que houve muito detalhe no começo e o final ficou com "hã e aí?". Num todo ficou legal sim. Ardente e nada despretensiosa a crítica nele embutida pelo pensamento do escritor rs.
ResponderExcluirA princípio acreditava que a diferença entre um romance e um conto se dava pela sua extensão, gama de personagens e a existência de vários cenários em um e não no outro, e não só pelo estilo com que é escrito.
ResponderExcluirDizer o que não pode haver num conto é como colocar rédeas em um cavalo selvagem antes de domá-lo: inevitavelmente vai-se ao solo.
Mas uma coisa eu percebi, porque não é a primeira nem a segunda vez: para alguém que gosta de escrever é necessário que também se aprenda a ler.
1º - Conto: A narrativa trabalha por uma série de incidentes em torno de um conflito vivido por uma personagem, num só episódio, com início e desfecho muito próximos. Seu principal valor está na beleza e na perfeição da história contada, con acentuado senso de fantástico e de simbólico.
ResponderExcluir2º - Romance: A trama é mais rica que a do conto. É uma narraiva em que vários episódios interligados caminham juntos com um núcleo central. Tecem a vida da personagem central. Geralmente o romance é uma história possível.
Leia Mario de Andrade, Lygia Fagundes Telles e José Mauro de Vasconcelos. São excelentes contistas.
Se quiser fugir da regra leia Richard Matheson - Eu Sou A Lenda - e Stephen King - As Quatro Estações e A Hora do Lobisomem.
Procure encontrar nestas obras qual é o tipo de narrador - se ele participa ou não -, o foco narrativo - a visão de 1ª ou 3ª -, Enredo ou ação - sequência dos fatos -, personagem (ns)- pessoas que atuam na trama direta ou indiretamente, espaço geográfico - local onde ocorre (m) o(s) fato (s) e tempo - que pode ser cronológico ou psicológico (lembranças)...
Espero que isso possa limpar a sua mente das besteiras que ouviu ou leu anteriormente. Caso haja dúvida, sugiro a leitura do Decálogo de Horácio Quiroga, comentada por vários escritores.
Pronto, li a sua aula. Beleza. Tô feliz por ter um professor matuto igual a mim hehehe. Abraço poeta!
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