quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

verdades inconvenientes...

Toda polemica gera uma discussão.
Toda discussão levanta argumentos.
Todos os argumentos são passíveis de avaliações.
Todas as avaliações chegam a uma conclusão.
A conclusão será adotada, estabelecida, imposta e, doravante, seguida.

Através deste silogismo básico temos a maneira de como são regidas as leis que governam um país, os estados, os municípios, as empresas, as comunidades, membros de famílias e a amizade.

Assim, dentre todas as regras de convivências sociais, levando em consideração tanto os prós quanto os contras, se e quando confrontados, prevalecerá aquela que fizer mais sentido ao bem comum.
Logo, exercitar a arte de argumentar, dentro de um ambiente comercial/empresarial não só fortalece o conhecimento das pessoas que trabalham para a empresa em relação ao serviço/produto prestado, bem como os capacita a enxergar a sociedade como um todo que pode ser discutido livre e abertamente dentre seus iguais para a sua própria e maior compreensão para conviver melhor consigo mesmo e com o próximo.
O conceito “perfeito” não existe. Este é apenas um “ideal”. Como diria, em relação ao mito da caverna, Platão - que foi discípulo de Sócrates, mas mestre de Aristóteles.
Para que algo alcance a perfeição é preciso convertê-la a um conceito matemático onde tudo o que é completo é 100%. E, neste mesmo conceito tudo aquilo que é 100% deve ter em menor ou maior grau a sua própria negação. Porque se o não tiver não é 100%, simplesmente porque não engloba tudo.
Entretanto, algo que possui a própria negação, não pode ser completo em si. Por isso o máximo de um 100% é 99,99%.
Esta imprecisão do conceito de perfeito humano é o que nos basta(Maiêutica + Ideal = Medida Aurea).
Pois assim são as idéias que cativam multidões. Quando os prós superam os contras, nós temos um conceito.

E, assim como o conceito de liberdade, como a primavera Árabe, pessoas estão dispostas a morrer; sacrificar a própria existência pela melhoria do próximo, por aquilo que virá, por aquilo que queremos hoje para o amanhã.
Por idéias, ideais, utopias e conceitos como estes as pessoas se entregam inteiramente. Porque elas acreditam, porque elas se convencem e convencem os outros a acreditarem, ainda que elas mesmas não possam desfrutar do bem que conseguiram...

Assim temos o que chamamos de lideres.
Por isso, qualquer pessoa que alcança tal posto, vivo ou não, queira ou não, é um formador de opiniões. Nenhuma pessoa neste cargo deve ser levada pelo carisma. O carisma conta quando a massa da população é ignorante e segue as aparências. Raros casos confirmam a continuidade deste absurdo social, exceto as eleições em cidades cuja falta de informação e o alto índice de analfabetismo ainda persistem.
Atualmente a idéia, quando muito boa, tem o seu próprio carisma e não depende de propaganda pró ou contra. Por isso, não é falso afirmar que a idéia tornou-se o conceito de si mesma e possui um carisma próprio.
Vamos ilustrar o pensamento: um mendigo, mal vestido, cheirando a cachaça, odores repudiáveis, origem duvidosa... Ele começa a falar sobre racismo, liberdade de expressão, direitos iguais entre sexos diferentes incluindo homossexuais, trabalho escravo infantil, pedofilia nas igrejas, etc. A sua aparência não interferirá em nada nas verdades de seus dizeres e cedo ou tarde alguém parará para ouvir e encontrará um certo significado em suas palavras.
Contudo, o oposto também é verdadeiro.
Aqui no Brasil, nenhuma pessoa bonita – fisicamente falando -, perfumada, bem vestida, atraente mentalmente ou fisicamente, não convencerá o povo brasileiro de que a pena de morte se faz necessária. Simplesmente porque não faz parte do nosso contexto cultural.
Assim não é difícil concluir que nem sempre o mais carismático é o líder porque a liderança varia de acordo com o conceito que ele segue. Hitler foi muito carismático. Adorava crianças e cachorros... Ninguém o seguiria hoje em dia.
Retornando: o conceito, quando bem formulado, se propaga por si só. Independente de quem o segue. E, baseado nestas informações, cada produto encerra em si seu próprio conceito e uma imagem inerente.
O conceito é o que é definido pelo fabricante do produto ou da idéia; já a imagem será definida pelo publico que o aceita ou não.
Pequeno exemplo para grande conceito: ativo de vendas. É necessário que as qualidades do produto sejam superiores aos seus defeitos, afinal, como vimos, nada é 100%.
Quando se compara um produto com outro  é mister amenizar os problemas daquilo que se vende sem desqualificar o concorrente diretamente. Caso contrário seria e o é, se o fizer, concorrência desleal.
Portanto, compara-se, abstrai-se, volta-se e domina-se o assunto.
Ex: fibra ótica.
Pró: é o top de linha da nova tecnologia, certamente invejável por qualquer usuário que deseja o melhor em qualidade.
Contra: novas tecnologias são passiveis de falhas imprevistas que se justificam através de versões alfas, betas, etc.
A questão para este desenlace é conceito X imagem.
A imagem tende a perder ou ganhar valores de acordo com a aceitação pública. E esta fica sujeita a influências do próprio fabricante ou de quem já adquiriu o produto e ficou satisfeito com o resultado. Logo, opinião pública influencia direta e incondicionalmente no sucesso ou fracasso de um bem qualquer através da imagem do produto. Produtos que se baseiam só na imagem surgem rapidamente e somem rapidamente também.

Mas aqueles que são forjados calmamente, que fazem parte de uma estrutura mais elaborada, ainda que demorem anos para se estabelecer não perderá sua imagem tão cedo.
Ex.: Os E.U.A. nunca teriam conseguido a aprovação pública para o seu projeto espacial, se Julio Verne não tivesse conquistado vários corações antes com o desejo de atingir fronteiras inimagináveis. E, se os E.U.A não tivessem tentado, os Russos não tentariam, ninguém teria lançado sequer um único satélite, não teríamos TV , rádio, celulares, e nem o Brasil teria tentado qualquer coisa no ramo, pois o nosso país não tem histórico de pioneirismo em explorações. Nem das mais simples, que dirá das mais arriscadas...
Seguindo os exemplos já descritos, um raciocínio acaba atraindo outro e a seguir depende apenas de quem defende a idéia.
Quando a idéia ou conceito se estabelece passa-se a vender sua própria imagem sozinha porque as pessoas simplesmente confiam nela:
Coca-Cola; McDonald’s; Ferrari, Harley Davidson, etc...
E você só não compra coisas assim em três ocasiões:
a)      Não tem dinheiro para;
b)      Já teve o bem e teve uma má experiência (mas até ai já o teve pelo menos uma vez); e,
c)      Não sabe o que é e nem saberia o que fazer se o(s) tivesse(m).
Mas o mais fundamental nem sempre é expresso durante a história toda.
Se você, que conhece o produto porque trabalha com ele ou para ele, e, convence seus empregados, funcionários, colaboradores, associados ou seja lá que nome você dá para quem trabalha para você, de que o conceito do produto supera sempre a imagem, porque a imagem não tem base técnicas, você terá um sucesso de vendas.
Simples assim: convença as pessoas que trabalham com você de que o que elas fazem é bom e, embora o seu produto não seja o melhor do que existe hoje, ele se tornará futuramente. Porque as qualidades oferecidas por funcionários satisfeitos superam e muito todos os defeitos escondidos de um concorrente que não valoriza ou investe no próprio funcionário.
É assim que caras feios, barrigudos e carecas geralmente tem namoradas lindas e apaixonadas.

4 comentários:

  1. Senti este texto como um "brain storm" ou tempestade de ideias (ou de conceitos...). Concordo com algumas coisas, com outras nem tanto. À questão: "E você só não compra coisas assim em três ocasiões:" eu acrescentaria uma letra "d" com algo assim:
    d) Se vai contra a sua ideologia.

    Explico-me: tem pessoas que não tomam coca-cola por que são contrárias ao "imperialismo" estadunidense. É uma questão ideológica.

    Outra coisa: adorei o final! E fiquei pensando se vc é feio, barrigudo e careca! E se vc tem uma namorada linda e apaixonada, consequentemente!

    Bjs!

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  2. Bem... essas pessoas que não tomam coca cola por este motivo também não devem ter automóveis em razão do fordismo; também não trabalham em grandes empresas que empreguem o sistema "just in time"; não usam shorts, nem camisetas (t-shirt) ou sequer biquínis; abominam o uso de computadores e consequentemente internet; não devem asistir tv, porque embora não tenha sido os americanos que inventaram foram eles que aperfeiçoaram o sistema (O primeiro serviço analógico foi a WGY- em NY, nem rádio por questões de patentes, nem aviões, nem telefones e celulares, nem embalagens recicláveis, e mais uma infinidade de coisas, como filmes, músicas, gibi, todos influenciados pela art pop, baby boom e outros conceitos ideológicos estadunidense.

    Visto por este lado, fica difícil ser ideológico atualmente sem não ser sofista ou hipócrita...

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  3. mas o final é tudo. é a venda do protudo. não sou careca, não estou na lista dos 7 bilhões mais bonitos nem dos 7,5 bilhões mais sexys do planeta...
    risos

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  4. Concordo que seja mesmo difícil ser ideológico sem ser sofista ou hipócrita... de qualquer forma, as pessoas que assim o fazem, e tenho vários amigos dos "PC's" que assim o fazem, o fazem por ideologia. Elegem um ou outro objeto/marca/produto como símbolo do imperialismo yankee. Não assumem todos os ícones que vc citou, cuja lista poderia se estender por mais um ou outro parágrafo.
    Quando assim o fazem, penso eu, acabam por reforçar o fetiche da mercadoria, de que o velho Marx falava...

    Quer dizer que não é careca? Ahhh, que pena! rsrs
    Bjinhos mineirinhos!

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