Extraio, dia após dia, de mim
Uma força que sobrepuja a humana
Sem ao menos saber de onde ela emana
A suportar o meu dia sem fim,
Onde há chacais que querem os meus rins,
Cobras que me espreitam pela savana
E uma hiena - sorrindo - desumana
Vestidos de ternos, saias e afins.
Pois cercam-me, estas bestas feras falsas
(Presentes de grego ou beijos de Judas),
Cuja proximidade se faz alças
Tão confiáveis quanto a água imunda!
Vejo que onde se impõe a Lei do Cão,
Mais arriscado é quando se é o leão!
01-03/07/2012
Boa poeta! Tá parecendo Ernesto Cardenal.
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