sábado, 7 de julho de 2012

Escapadas Noturnas...



Há noites em que as trevas são mais densas;
Que o fim do túnel se mostra infinito;
Que, se grito, não há eco de grito
E o breu se abre feito tendas imensas.

Eis que abandono a mim; as minhas crenças;
A tudo que poderia ter sido;
A beleza do que hovesse ocorrido
E as verdades e suas desavenças.

Durante horas, correr é o que mais quero,
Despindo-me pelo caminho incerto
Do que não mais desta ventura espero.

Pé ante pé, passo após passo e além mais,
Distanciando-me do que está perto
Sem jamais olhar para trás... Jamais.



1-5/06/2012

Um comentário:

  1. Adorei...principalmente onde diz: Despindo-me pelo caminho incerto, distanciando-me do que está perto
    Sem jamais olhar para trás.

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