domingo, 15 de julho de 2012

O Corvo x a araponga

     
     O tradutor deve apenas cumprir o seu dever: traduzir.

    Não se deve, em hipótese alguma, criar sobre a tradução, inverter a ordem dos versos, colocar sinais onde não há no original e sobretudo, nunca, mas nunca mesmo, se dar ao luxo de omitir aquilo que o autor criou na língua original - salvo exceções raríssimas, como o "eu" em inglês que não fica implicíto no verbo como ocorre na língua portuguesa.

     A edição bilíngue deste livro demonstra apenas a carência de profissionais sérios e dedicados nesta área. A necessidade de expor um produto para o comércio sem o menor apreço pelo leitor.

O mundo carece de outro Fernando Pessoa (vide tradução de O Corvo de Edgar Allan Poe, feita por F.P.).



    Assim é a diferença entre o corvo e a araponga: enquanto um possui dons cognitivos que podem ser tomados como sinais de inteligência a outra é conhecida em todo o Brasil pelo seu grito alto e estridente...

Nenhum comentário:

Postar um comentário